terça-feira, 10 de março de 2009

Cem Mimos


Eu não sei dar mimos,
nem nos meus braços
se cria o conforto
de um abraço.

Não sei deixar leves os dedos,
nem acertar-lhes o peso
para sem atrito
se passearem na pele.

Sou incerto no toque
pouco firme de mãos.

E será fortuito,
obra do acaso,
se um sopro se assomar
ao limiar dos teus cabelos
e se a pele, aí,
te arrepiar.
Será apenas por estar tão perto,
será apenas um respirar.

Porque como já disse,
eu não sei mimar!


Pintura de Audrey Kawasaki

10 comentários:

Maria disse...

Cem palavras
sem toques
dá-o com o olhar.

7

Gata2000 disse...

e no entanto pode mimar-se de tantas formas...

Anónimo disse...

mimas com este poema...

Anónimo disse...

Eu acho que isto é um rapaz que conhece as vantagens da publicidade negativa...
;-)

Marycarmen

Patrícia Villar disse...

Bem, o título foi sem dúvida muito bem escolhido...muito mimo se sente aqui.

amantesmaria disse...

:)

Já não arriscava na poesia há muito muito tempo e no risco da ironia também posso não ter sido muito claro.

Afrodite disse...

Ena ena...muito bom! Acho que o sol anda a afectar a população tuga toda :)! Estamos tramados eheheheheh!

Abreijinhosss

Afrodite disse...

Ena ena...muito bom! Acho que o sol anda a afectar a população tuga toda :)! Estamos tramados eheheheheh!

Abreijinhosss

Femme Fatale disse...

Gostei e gosto da pintura =)

kelly disse...

adorei esta mentira!
a-do-rei!!