
Tenho um certo prazer em atrasar-te com mimos quando te tentas despachar rápido de manhã. Entre as calças e a blusa abraço-me a ti feito empecilho e tu
- Vá lá, deixa-me vestir!
mas não seguras um sorriso e o sorriso alimenta-me a malandrice
- Hoje vou ser eu a tua blusa, vais-me levar assim vestido
imitando no abraço a peça de roupa.
- Se eu me mantiver quietinho tenho a certeza que ninguém vai notar. Basta que de vez enquando me puxes uma alça ou me alises os vincos para disfarçar.
Agora ris, dás-me corda para embalar, mesmo que te contradigas em “vás” e “larga-me lás”.
- Promete só que não me pões nódoas que eu garanto-te aconchego no teu dia.
- Parvo! – e beijas-me!